Retalhos do Luar
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Inutilidade
Rasguei dos albuns as fotos, cortei as cartas, queimei as músicas. Apaguei os textos, os números de telefone, as mensagens.
Disse-te adeus com a certeza de que assim seria.
E assim foi.
Não é importante. As memórias não se queimam, as emoções não se apagam, as palavras ditas repetem-se na minha mente, os nomes dos locais evocam-me um passado sem data marcada. E a cor dos teus olhos... é o meu horizonte.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Tu
Foi quando te foste, que a minha vida cresceu para além da imaginação.
Foi quando partiste que o universo me mostrou o poder e as maravilhas, as inúmeras oportunidades, a luz, o caminho das estrelas.
Cresci. Dei-me mais do que haveria, a teu lado. Amei-me mais, amei mais, fui mais amada. Abri o coração, fragilizei-me, senti Deus em mim.
Estou comovida. Sou grata.
Sou-te grata. Meu Deus, sou-te tão grata.
Depois de ti, tudo veio.
E ainda me dói o teu adeus silencioso.
Mas hoje, com mais consciência, mais amor no coração, e maior conhecimento e circunstâncias, reconheço que te foste num papel maior do que tu ou eu. Num qualquer contrato que algum dia traçamos.
Obrigada pelo teu amor incondicional.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O teu filho
Que me abraçou a alma, quando sempre imaginei que a destroçaria.
Que me fez sorrir de contentamento pela tua felicidade.
Pela família que não pudeste ter. E que tens agora.
Feliz por estares bem.
Saudades grandes...
Mas o coração calmo.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Sonhos e cavalos selvagens
A vida sabia a mistério, liberdade, oportunidades únicas e portas que se abriam. Ela nunca havia vivido tão intensamente. Vibrava a cada inspiração, sabendo que queria, precisava aproveitar todo o ar, os sorrisos, as notas musicais, todos os cheiros.
Ele deu-lhe esses instantes. Cada olhar era uma história nova que se desenrolava. Naquela troca as promessas cresciam, como doces a fermentar no lume, o perfume adocicado despertando paladares. Sorrir-lhe ou fazê-lo sorrir abria um sonho. Daqueles, eternos, com cavalos brancos à mistura.
Quando passaram dos olhares aos passeios, o céu, as estrelas e a Lua tornaram-se as companheiras diárias, cujos reflexos no planeta os faziam querer manter a noite para sempre. Depois veio o subtil toque, o sabor a maresia dos lábios, o desejo ardente acreditar nos sonhos, nas histórias, nos bolos a fermentar, nos cavalos brancos e selvagens, nas estrelas e no salgado verde da brisa.
E depois... o lento distanciamento, quebrando sonhos e corações. O olhar discreto, ainda fazendo estremecer joelhos. As mensagens dúbias, os longos silêncios.
Outras histórias, outras realidades... e um adeus que parecia impossível de acontecer, mas que era apenas e somente a única parte que pertencia à realidade.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Reencontro
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
And that's it...
If you see me walking down the street
Staring at the sky
And draggin my two feet
You just passed me by
It still makes me cry
But you can make me whole again
And if you see me
with another man
Laughing and joking
doing what I can
i won't put you down
cause I want you around
you can make me whole again
Chorus:
Looking back on when we first met
I cannot escape
And I cannot forget
Baby you're the one
You still turn me on
You can make me whole again
Time is layin' heavy on my heart
Seems I've got too much of it
Since we've been apart
My friends make me smile
If only for a while
You can make me whole again
Chorus:
Looking back on when we first met
I cannot escape
And I cannot forget
Baby you're the one
You still turn me on
You can make me whole again
For now I'll have to wait
But baby if you change your mind don't be too late
Cause i just can't go on
It's already been too long
But you can make me whole again
(whoa, whoa, whoa, whoa)
Chorus:
Looking back on when we first met
I cannot escape
And I cannot forget
Baby you're the one
You still turn me on
You can make me whole again
(Oh whoah)
Chorus:
Looking back on when we first met
I cannot escape
And I cannot forget
Baby you're the one
You still turn me on
You can make me whole again
Oh baby you're the one
You still turn me on
you can make me whole again
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Breathe me
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Procuro. Procuro-te. Anseio-te, respiro.
Caminhos, meus passos seguem o cheiro da tua essência, pelas tuas ruas, onde percorres sozinho o trilho da noite. Quero. Quero-te. Busco em mim, nos pedaços que se interligam, como marionetas, um pouco de ar, força vital, realidade. Encontro apenas o anseio, o desespero, a infindável busca do teu corpo nas noites em que nos encontrámos, das tuas mãos, suaves e quentes, percorrendo cada trilho do meu rosto, afastando-me gentilmente o cabelo, gargalhando no meu pescoço, soprando o desejo em cada faísca do olhar.
Procuro-te. Despedaço cada parte de mim, a cada sorriso forçado, a cada passo que me distancia. Mas vem ela, a noite, que me abriga dos sinais do tempo. A noite que me trás a tua brisa, como uma canção antiga e confortável. Olho em volta, percorro distraidamente cada ser com quem me cruzo, mas não chega. Não chegas.
Anseio-te, respiro-te, amo-te. Aproxima-te, chega-te a mim, sorri-me, admira-me, toca-me. Brinca, provoca-me, invade-me. Toma-me, despe-me, beija-me. Funde-te em mim.
Procuro-te, percorro-te, estendo-te os braços. E encontro somente uma madrugada fresca e majestosa. Vazia. Só.